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segunda-feira, 12 de maio de 2008

:: A vergonha das redes ::

A RBS anunciou que vai colocar a enjeitada Metrô com a mesma programação da Gaúcha.
Pode ? Não pode, mas todas fazem.
A Pampa faz o mesmo com o canal da ex-Caiçara e a rede Atlantida abusa disso.
Não é legal e é imoral porque restringe o mercado de trabalho para os radialistas e profissionais do radio de outras funções.
No que vai dar ? Em nada! Bem o Caverna vai abrir o bico, colocar a caminhonete na frente da RBS, vai panfletear( quase sózinho ) na Esquina Democrática, mas nenhum deputado vai chiar, nem qualquer agente da Lei. Muito menos a AGERT ou a ABERT.
Afinal é serviço publico concedido o canal de radiodifusão. Não pode replicar integralmente, tem que obedecer a lei das concessões. Se o empresario de radiodifusão não quer operar o canal que venda, transfira ou entregue para o Governo. Porque rádio é serviço concedido para prestar este serviço á comunidade e replicando em rede 24 horas está restringindo a ação de divulgação e privando a classe de emprego e trabalho.
Só estou tocando neste assunto porque sempre fui contra estas redes integrais, mas elas estão aí e falta coragem para combate-las.
Quem neste País, com mandato popular é capaz, tem coragem , para enfrentar a Globo? E aqui no Sul a RBS.

(*)Concessões, para quem não sabe, são outorgas expedidas pelo Ministério das Comunicações, a partir de análise e tem duração de dez anos, podendo ou não serem renovadas.

(*) Nas terras tupiniquins apenas nove famílias dominam as estações de rádio e TV: Marinho (Globo), Saad (Bandeirantes), Abravanel (SBT), Sirotsky (RS-SC), Daou (Acre-Amapá-Ronônio-Roraima), Jereissati (Alagoas-Ceará-TV Verdes Mares), Zahran (Mato Grosso-Mato Grosso do Sul), Câmara (Goiás-Tocantins-D.Federal-TV Anhanguera) e Amílcar Dallevo Júnior (REDE TV) e mais recentemente a Igreja Universal do Reino de Deus ( Grupo Record). Além desses nomes, outros não menos poderosos como Antônio Carlos Magalhães (Bahia), Collor de Melo (Alagoas) e Sarney (Maranhão) formam lista de políticos que possuem emissoras de comunicação.

(*)Segundo a Constituição de 1988, os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
Além do mais esta decisão veio depois que a Guaíba começou a transmitir futebol na FM.
É claro a Record não iria fazer o mesmo com a Guaíba porque é um canal prestigiado e a Metrô foi desmantelada para justificar a replicagem.
Olha a cara de pau em dizer que a Metrô concorria com a Cidade, mas antes como era?
Os caras ganham canal do Governo, nem instala a emissora e já vendem é uma patifaria esse negócio. E até as radios comunitárias estão querendo entrar nessa.
Um monopólio sujo e indignante.